As temperaturas não param de subir e, para suportar o forte calor, os brasileiros recorrem ao ar condicionado, seja nos ambientes de trabalho ou nas residências, em busca de conforto e bem-estar. O que nem todos sabem é que a falta de manutenção desse equipamento pode torná-lo um verdadeiro vilão para a saúde e bolso dos consumidores.
Geralmente costumamos pensar na limpeza do ar condicionado quando ele está apresentando falhas no sistema de refrigeração ou com capacidade térmica reduzida (gelando pouco). Tais falhas podem ser em qualquer componente elétrico – eletrônico – mecânico, já o “gelando pouco” pode ser ocasionado pela falta de manutenção propriamente dita, por vazamento de gás refrigerante ou pela deficiência de compressão no compressor (tendo que substituir o componente por outro novo ou recondicionado).
No verão, com o uso constante do condicionador de ar (praticamente 24h por dia em alguns casos) a probabilidade de quebra ou a sensação de capacidade térmica reduzida pela falta de manutenção é muito maior (cerca de 70% dos casos). Quando isto ocorre todos querem o conserto “para ontem”, enquanto ficam aguardando a realização da manutenção derretendo feito sorvete em seus escritórios ou ficando impossibilitados de terem uma boa noite de sono pelo efeito do verão escaldante dos últimos anos, quando nada disso precisaria acontecer.
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O uso inadequado diz respeito à falta de manutenção do equipamento. A maioria das pessoas e empresas tem o hábito de usar o ar condicionado diariamente, durante muitas horas ininterruptas, e esquecem que, como qualquer outro produto, ele acumula sujeira e precisa ser limpo com regularidade.
Quando a manutenção não é feita regularmente, o equipamento se torna um reservatório de poeiras, acáros e bactérias. Essa proliferação de microorganismos é altamente nociva para nossa saúde e pode causar, entre outros sintomas, irritação das mucosas, pele e olhos, dor de cabeça, mal estar, fadiga, dificuldade de concentração e até problemas respiratórios. Além disso, um ar condicionado sem manutenção chega a gastar até duas vezes mais energia elétrica dos que os condicionadores em boas condições.
É fácil perceber quando os equipamentos, principalmente os residenciais, precisam de manutenção. A característica mais comum nesses casos é a diminuição do rendimento do condicionador, que não consegue resfriar devidamente o ambiente. Odor desagradável e aumento do consumo de energia sem motivo aparente também são sinais de que alguma coisa está errada.
Em residências, o indicado é fazer uma manutenção básica a cada dois meses. E, pelo menos uma vez ao ano, é aconselhável uma limpeza química realizada por profissionais. Este procedimento requer a remoção do equipamento para a oficina, desmontagem e limpeza interna com produtos químicos bactericidas e biodegradáveis. Para condicionadores de empresas, o ideal é uma checagem mensal, também realizada por uma equipe especializada.
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